quinta-feira, 18 de março de 2010

Ainda não deu tempo

Ainda não deu tempo de ir ai lhe ver
O trabalho hoje foi cansativo
Não deu tempo nem de respirar
Exagero meu, deu sim

Eu quis rir, mas o tempo não deixou
Agora que sou escravo do meu sustento
Vou ai depois dizendo, que você não se importou

Todo dia se repete e você depois esquece e diz que o tempo acabou.

Tudo pra depois

Depois eu vejo
Depois eu sinto
Depois eu sento
Depois eu minto

Depois eu quero
Depois espero
Depois eu leio
Depois eu creio

Depois eu paro
Depois eu saio
Depois eu caio
Depois é vou

Agora eu vou depois
Agora já é depois
Depois é amanhã
Depois já é depois.

Que mundo é esse?

Em que novela é melhor que jornal
Onde o chato agora é banal
E você vive longe de mim
E me conformo a continuar assim

Onde o cinema virou um hobby
Que calça virou short
Careta virou moda
E você sempre discorda, em querer continuar assim

Poema

é triste ver como o tempo passa.
é rápido ver como o sol se põe.
é errado dizer o que penso.
é raro ter sempre razão.

a tristeza invadiu meu peito ontem à noite.
Deixei que ela entrasse pela janela lateral do meu quarto.

ainda não deu tempo de viver tudo.
mas, o que vivi valeu a pena.